A Comissão de Ética
Pública da Presidência da República decidiu encaminhar processo ao Ministério
Público Federal (MPF) para que o órgão averigue se o ex-ministro-chefe da
Secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima, cometeu alguma irregularidade no uso
do cargo público em benefício pessoal.
O órgão também aplicou por unanimidade a punição de “censura ética”
por “conflito de interesse” e por ter violado as normas de conduta ao não
declarar que possuía a promessa de compra e venda deste apartamento em
Salvador, o que, obrigatoriamente, pelas regras, deveria ter feito.
Geddel tentou liberar a construção de um prédio em área vetada pelo
Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), órgão
subordinado ao Ministério da Cultura, onde ele possui um apartamento.
O relator da
matéria, Marcelo Figueiredo, explicou a decisão de encaminhar ao Ministério
Público foi tomada “por acreditar que há mais indícios de que existam outras
violações de direito, seja de natureza administrativa, penal, civil, ou de
outra natureza”. O presidente da Comissão de Ética, Mauro Menezes, por sua vez,
considerou “grave” a omissão da propriedade na declaração confidencial de
informações, apresentada por Geddel, e que é obrigatoriamente entregue à
comissão por todas as altas autoridades, ao assumirem seus cargos.