Repórter que roubou beijo de colega é condenado por assédio sexual

 

Quase quatro anos após ser acusado de assédio sexual por quatro colegas de trabalho na Record, o jornalista Gerson de Souza foi condenado a dois anos e meio de reclusão pelo crime de importunação sexual. A pena, da juíza Ana Carolina Munhoz de Almeida, foi convertida por ela mesma em prestação de serviços comunitários e multa de dez salários mínimos (R$ 13.200,00). 

Souza, hoje com 64 anos, era uma das estrelas do Jornalismo da Record. Em maio de 2019, quatro mulheres que trabalhavam com ele no Domingo Espetacular foram à polícia acusá-lo de praticar assédio sexual rotineiramente. O repórter, segundo elas, fazia piadas de cunho sexual, falava palavras obscenas e apalpava seus corpos, as deixando constrangidas. A gota d'água para as denúncias foi um "beijo roubado" (ou "lascivo", para a Justiça) de uma jornalista casada. 

Gerson de Souza negou as acusações na polícia e na Justiça. Disse que era vítima de "revanchismo" por ter feito críticas ao trabalho de uma das denunciantes. Mas, após ouvir as vítimas e 21 testemunhas, a juíza concluiu que ele agia com "vontade consciente de praticar atos libidinosos". 

O jornalista foi condenado duas vezes por importunação sexual (artigo 215-A da Lei 13.718/2018): pelo beijo lascivo e por tocar o braço de outra mulher dizendo que a pele era macia como a bunda dela. Cabe recurso da decisão.

Fonte: noticiasdatv