Olha a farra aí gente... prefeitura do extremo sul da Bahia gasta mais de R$ 1 milhão em festa, enquanto população sofre com falta de saúde, moradia e infraestrutura

 

É, no mínimo, inexplicável o que acontece no município de Jucuruçu, no extremo sul da Bahia, quando o assunto é gestão pública. Vamos direto ao ponto: como pode um prefeito gastar mais de um milhão de reais em uma festa junina, conforme ele mesmo declarou publicamente em seu discurso, enquanto o município vive uma verdadeira calamidade administrativa e social?

Jucuruçu, em pleno século XXI, ainda não possui um cemitério adequado para atender sua população. Os sepultamentos são feitos de forma improvisada, revelando a falta de planejamento urbano e o desrespeito com a dignidade humana. O hospital municipal, por sua vez, funciona em condições precárias, com carência de equipamentos, medicamentos e estrutura adequada.

O primeiro ponto de atenção gira em torno da estrutura física do hospital - problemas como infiltrações, paredes com mofo, pintura deteriorada e manutenção deficiente de áreas básicas como banheiros e enfermarias.

No quesito atendimento, a situação também preocupa. Moradores apontam demora nas consultas. Há quem afirme que o número reduzido de profissionais tem impactado diretamente a qualidade dos serviços prestados. Além disso, acompanhantes relatam dificuldades em receber informações claras sobre o estado de saúde de seus familiares internados. 

Outro ponto delicado envolve os materiais hospitalares. Segundo informações que circulam na cidade, o hospital estaria enfrentando sérias dificuldades com a falta de roupas de cama, cobertores e produtos de limpeza. Há denúncias de lençóis rasgados, colchões em más condições e escassez de itens básicos de higiene pessoal para os pacientes.

As estradas vicinais estavam abandonadas, esburacadas e intransitáveis, tornando o transporte de estudantes, doentes e produtores rurais uma verdadeira via-crúcis. As pontes, muitas delas de madeira, oferecem risco iminente de acidentes, especialmente no período chuvoso.

O abatedouro municipal é um caso à parte: um cenário deplorável, insalubre, tomado por urubus. A vigilância sanitária parece ignorar o problema, e a população segue consumindo carne sem nenhuma garantia de higiene, pondo em risco a saúde pública.

Na área do esporte, Jucuruçu não tem sequer um campo de futebol em condições de uso. Os jovens, sem opções de lazer ou incentivo esportivo, acabam vulneráveis a diversos riscos sociais. A ausência de políticas públicas eficazes nesse setor é um retrato do abandono da juventude.

Em um município onde a educação clama por investimentos, onde as escolas enfrentam falta de estrutura, é inaceitável que tamanha verba seja utilizada de forma tão desequilibrada.

A assistência social também está falida. Famílias carentes enfrentam fome, falta de moradia, desemprego e abandono institucional. Não se vê um programa eficaz que auxilie quem mais precisa. As ações assistenciais, quando existem, são esporádicas, pontuais e insuficientes.

Fonte: Jucurunet