Deputado manda emenda milionária para recapear condomínio de famosos onde mora

 

Com mais de 5 milhões de seguidores no Instagram, o deputado federal paulista Fábio Teruel (MDB) é um fenômeno nas redes sociais entre os parlamentares. No condomínio de luxo em que ele mora, em Barueri, na Grande São Paulo, porém, isso não é nada incomum.

O Residencial Tamboré 1 é uma espécie de Beverly Hills paulista, onde vivem celebridades com milhões de seguidores em seus perfis, como a advogada e influencer Deolane Bezerra, o ator Fiuk e a cantora sertaneja Simone Mendes, da antiga dupla Simone e Simaria.

O local abriga mansões na faixa dos R$ 50 milhões e até um castelo árabe, além de quatro quadras de tênis e todo tipo de comodidade, num bucólico cenário com 26 mil m² de mata nativa.

Embora todo esse luxo fique restrito atrás de muros, oito ruas do condomínio ganharam recapeamento novo, em 2024, com dinheiro de emenda milionária de Teruel, morador do residencial.

As obras foram feitas com emenda Pix de R$ 11 milhões de autoria do emedebista para a Prefeitura de Barueri. O lote específico com ruas dentro do condomínio dos famosos custou R$ 2,2 milhões.

A reportagem tentou entrar no local para ver como ficou o serviço feito com verba pública. A entrada, porém, não foi autorizada pela administração do condomínio. Funcionários confirmaram que as obras da prefeitura terminaram no fim do ano passado e aproveitaram para reclamar que uma concessionária já andou quebrando o asfalto novo.

Imagens aéreas do local mostram as ruas que constam de documento da Prefeitura de Barueri com asfalto novo, ainda sem sinalização de chão, cortando lotes com casarões e piscinas.

O plano de trabalho da prefeitura para executar a emenda afirma que “o crescimento acelerado do município tem elevado o fluxo de veículos leves, pesados e transporte coletivo, intensificando o desgaste do pavimento asfáltico, especialmente nas faixas de rolamento”.

A justificativa do gasto é que, caso as intervenções sejam adiadas, “os danos evoluem para camadas mais profundas do pavimento, exigindo serviços de recuperação mais complexos e onerosos para o município”.

Fonte: Metrópoles