A professora Vitória Romana Graça foi torturada e
morta, tendo seu corpo carbonizado, após sofrer um sequestro no Rio de Janeiro.
Em depoimento prestado à polícia na tarde de quarta-feira (16), Edson Alves
Viana Junior, um dos suspeitos de participar do crime, confessou que a
professora foi enforcada com uma corda, álcool jogado em seus olhos e gasolina
espalhada pelo corpo enquanto ainda estava viva.
Os suspeitos teriam enforcado a vítima por 30 minutos
com uma corda e, para ter certeza de sua morte, abriram os olhos dela e jogaram
álcool. A vítima foi colocada numa mala e, posteriormente, dentro do porta
malas do carro de Vitória.
Em seguida, dirigiram até um local ermo, e
retiraram a mala com a vítima do carro. Segundo Edson, ele próprio abriu um
pouco a mala e despejou dois litros de gasolina dentro dela, ateando fogo logo
depois. O suspeito contou ainda que ele, a irmã, Paula Custódio Vasconcelos e a
sobrinha e ex-namorada de Vitória, de 14 anos, só deixaram o local quando as
chamas estavam altas.
A professora estava desaparecida desde a
quinta-feira da semana passada (10), e foi encontrada carbonizada em uma casa
na Comunidade Cavalo de Aço, na Zona Oeste do Rio. Em depoimento, a mãe da
professora contou que recebeu ameaças por telefone e que lhe pediram R$ 2 mil
pelo resgate de sua filha. Neste domingo (13), Paula teve a prisão em flagrante
convertida em preventiva após audiência de custódia.
Vitória era professora contratada do município há
quatro meses e dava aula na Escola Municipal Oscar Thompson, em Santíssimo. De
acordo com as investigações, Vitória teve um relacionamento com a adolescente
apreendida. Um colega da professora contou, em depoimento, que Vitória decidiu
se afastar da menina por achar que a mãe dela estava se aproveitando do namoro
para se beneficiar financeiramente.
Fonte: O Globo