Segundo familiares e
vizinhos, Caio era um menino "tranquilo" e "educado"
Uma criança de 7 anos, matou o amigo, de 11, a
facadas na rua Péricles, no Jardim dos Reis, em Franco da Rocha, região
metropolitana de São Paulo, na tarde de segunda-feira (9).
De acordo com a Delegacia Central de Franco da
Rocha, os dois meninos brincavam na rua, quando houve um desentendimento,
momento em que um deles pegou uma faca na pia da cozinha de casa e atingiu a
vítima, identificada como Caio.
Segundo a madrinha da criança que esfaqueou Caio, o
motivo da briga teria sido porque ele tentou separar uma briga entre o menino e
seu irmão. Houve uma discussão e, em seguida, a facada.
Para a madrinha, o menino que esfaqueou o amigo não
é uma criança agressiva. Ela relatou que o afilhado apenas chorava muito porque
há pouco perdeu o pai.
Após o ocorrido, a equipe de resgate foi acionada,
e a criança esfaqueada foi socorrida e encaminhada ainda com vida para a UPA
(Unidade de Pronto Atendimento) de Franco da Rocha, porém não resistiu e morreu
no local.
A mãe da vítima relatou que estava trabalhando,
quando recebeu a ligação de uma vizinha, pedindo que ela fosse até a UPA, pois
Caio tinha levado uma facada.
Quando chegou à unidade hospitalar, o médico
informou à mãe que o menino havia morrido.
A mulher afirmou, ainda, que o menino que esfaqueou
o filho foi morar há pouco tempo na rua e que já tinha presenciado outras
brigas, mesmo que sem agressividade. Por isso, tinha pedido que seu filho não
brincasse mais com o vizinho, pois achava que ele não tinha um bom
comportamento.
A mãe ainda relatou que, durante todo o dia, sentiu
um aperto no peito. Angustiada, já havia ligado para sua filha para saber como
eles estavam.
Familiares e vizinhos tinham muitas boas lembranças
de Caio. Ao falar do garoto, todos se emocionam. Caio é descrito como educado e
tranquilo. A mãe afirmou que seu sonho era ser policial militar e que ele iria
ganhar uma bicicleta em breve.
Após o crime, o menino suspeito de ter esfaqueado o
amigo não foi mais visto. Ele teria ido para casa, onde sua mãe o acolheu.
Porém, a madrinha afirmou que não vai "passar a mão na cabeça", pois
o que ele fez não é certo e ele tem que pagar por isso.
O caso foi registrado na Delegacia Central de
Franco da Rocha. Em nota, a prefeitura de Franco da Rocha afirmou que lamenta
profundamente o ocorrido e está "em contato com as famílias para
oferecer-lhes o suporte necessário", escreveu.
Fonte: R7