O empresário Manoel Mariano de
Sousa Filho, conhecido como Júnior de Nezim, 51 anos, um dos candidatos a
prefeito de Barra do Corda, em Maranhão, pelo PSC, é acusado de matar o pai,
crime ocorrido em 2017. Manoel disputa a prefeitura da cidade nas eleições
deste ano contra um irmão, o deputado estadual Rigo Teles (PV).
Manoel Mariano de Souza, o
Nenzim, foi morto aos 78 anos em 6 de dezembro de 2017, com um tiro à
queima roupa no pescoço.
O pai de Manoel estava em casa
quando o filho foi buscá-lo para levar para uma conversa com o advogado da
família. Segundo Júnior, no caminho, a caminhonete com os dois parou em uma rua
deserta e o pai pediu que ele parasse porque precisava urinar. O ex-prefeito
teria sido baleado nesse momento e que ele sentiu uma pancada no carro, mas
achou inicialmente que o pai passava mal.
Manoel Filho contou ainda que ligou
para o advogado dizendo que o pai não estava bem e só no caminho para casa dele
que percebeu “um pouquinho de sangue” saindo do ouvido do pai, que também
vomitava. Na casa do advogado, esse assumiu a direção do carro. Eles passaram
ainda em um posto de gasolina, onde o motorista da família passou a conduzir a
caminhonete. Só então foram para uma UPA.
O ex-prefeito ainda foi transferido
para um hospital de uma cidade vizinha, mas morreu no caminho.
No entanto, o Ministério Público
contesta a versão e diz que é insustentável Manoel Filho afirmar que não
percebeu que o pai havia sido baleado. A investigação apontou intervalo de 40
minutos entre o momento do tiro e a chegada à UPA. Diz ainda que o carro passou
por limpeza completa em um lava-jato.
Ainda de acordo com as
investigações do MP, Júnior furtava gado das fazendas do pai por conta de
dívidas.
Na manhã do crime, o pai queria
fazer uma recontagem do gado com o filho. Chegou a contratar um outro vaqueiro
para o trabalho. Para o MP, o filho resolveu matar o pai para evitar ser
desmascarado.
Júnior chegou a ser preso dias após
o velório do pai. Ele ficou na Penitenciária de Pedrinhas, em São Luís, até
outubro de 2019, quando recebeu habeas corpus para responder em liberdade.
Por UOL