Universidade desenvolve fita adesiva que substitui agulha em anestesia bucal


Pesquisadores da USP de Ribeirão Preto (SP) desenvolveram uma fita adesiva que promete acabar com o medo da injeção vivido por pacientes no dentista. O estudo feito pelos departamentos de farmácia e odontologia da universidade apontou eficácia no uso de um dispositivo biocompatível e biodegradável que libera um anestésico aos poucos e substitui a temida agulha no consultório.

Os testes realizados até agora confirmam que a tecnologia proporciona ao paciente um alívio por pelo menos 50 minutos, garantido, inicialmente, para procedimentos menos invasivos como a raspagem periodontal, microcirurgias e extração de dentes de lei em crianças, além da própria picada da agulha. A ideia é continuar desenvolvendo o adesivo para que ele também seja aplicado em intervenções mais profundas como cirurgias de canal.

Os pesquisadores estimam de um a cinco anos para que a inovação chegue ao mercado e seja produzida em escala industrial. O estudo começou motivado por uma situação comum nos consultórios: o medo da injeção na hora da anestesia, além de um problema para os pacientes, também é um desafio na rotina dos profissionais.


A fita que substitui a injeção é colocada sobre a gengiva e libera um anestésico que, aos poucos, atinge o tecido ósseo e o dente. Os efeitos começam a ser sentidos após cinco minutos, atingem seu auge entre 15 e 25 minutos e permanecem por 50 minutos. O dispositivo tem formato circular para se adaptar melhor à anatomia da boca e para facilitar a aplicação.