Um homem de aproximadamente
30 anos, ainda não identificado, invadiu e depredou a Igreja de São João
Batista, localizada no Quadrado Histórico de Trancoso, em Porto Seguro, na
tarde de quarta-feira (30\04). No momento do ataque, ele vestia traje social e
segurava uma Bíblia. Após a ação, o suspeito fugiu do local, mas foi localizado
pela polícia e levado para atendimento na UPA de Trancoso, pois apresentava
sinais de surto. A Diocese de Eunápolis emitiu nota de repúdio ao ato de
vandalismo.
O ataque aconteceu quando o templo católico estava fechado. Segundo o padre Marconi Ramos, o suspeito arrombou uma porta lateral com um chute. Dentro da igreja, destruiu imagens de anjos que ficavam no altar, derrubou o sacrário e danificou cadeiras e outros objetos litúrgicos. Apesar dos danos, nenhuma imagem histórica foi quebrada. O padre informou que a equipe da paróquia já está fazendo a limpeza da igreja, que funcionará normalmente a partir desta quinta-feira (1º\05).
O padre Marconi Ramos
lamentou a falta de respeito e a intolerância religiosa demonstradas pelo
suspeito. “Com tantas igrejas na cidade, ele vai direto na igreja do Quadrado,
porque é igreja católica, perseguida. Fico muito triste com isso”, afirmou.
Em nota, a Diocese de
Eunápolis classificou a invasão e depredação de igreja como um ato gravíssimo,
que fere profundamente a fé e reverência à presença real de Jesus na Eucaristia
e entristece ainda mais por acontecer poucos dias após a grande celebração do
Jubileu Eucarístico dos 525 anos da Primeira Missa no Brasil. “A Diocese de
Eunápolis já está tomando todas as providências legais e pastorais, e, em
breve, informará a data da Santa Missa de desagravo, à qual toda a comunidade
diocesana está chamada a participar com espírito de oração, reparação e
unidade”, destacou a nota.
A Igreja de São João Batista
é um importante símbolo religioso e turístico de Trancoso, sendo visitada por
milhares de pessoas todos os anos. A igreja foi construída no século XVII por
missionários jesuítas e se destaca pela simplicidade de sua arquitetura
colonial.
Depois de receber atendimento
médico, o suspeito será encaminhado à delegacia para as devidas providências.
Ele pode responder pelos crimes contra o patrimônio (Art. 163 do Código Penal),
vilipêndio de objeto de culto (Art. 208 do Código Penal) invasão de propriedade
e intolerância religiosa, entre outros.
Fonte: Radar News