Prostituição infantil na Copa é preocupação

Calcula-se que de cada quatro mulheres que se prostituem em Pernambuco, uma seja criança ou adolescente. A maioria delas prefere se relacionar com estrangeiros. Por isso, há o temor de que a chegada de turistas de todo o mundo para a Copa aumente o número de crianças e adolescentes assediados.

Campanhas têm alertado contra a prática, mas organizações temem um aumento na prostituição infantil durante a Copa, quando centenas de milhares de turistas estrangeiros deverão desembarcar no país.

Em áreas de prostituição de Recife, meninas adolescentes vestidas como "mulherões" para atrair clientes.

Quando os homens chegam, taxistas e recepcionistas de hotel os ajudam a encontrar garotas. A polícia costuma estar ausente ou ser conivente com o abuso de menores.

Muitas das garotas têm problemas com drogas ou vem de famílias desestruturadas, o que colabora para que entrem no mundo da prostituição.


Grávida aos 16 anos, Ana conta que sua vida sexual começou aos 12 anos. Ela diz que não se prostitui, mas suas amigas vão atrás de clientes estrangeiros porque eles são mais "ricos e generosos".