Execução cruel: motorista de aplicativo é metralhado com mais de 20 tiros; polícia investiga motivação

 

Um cenário de guerra chocou os moradores da Rua Espanha, no bairro São Judas Tadeu, no município de Itabuna, no sul baiano, final da manhã de terça-feira (16/12). Robson Tadeu Moreira Júnior, de 30 anos, foi vítima de uma execução brutal enquanto estava estacionado em um veículo locado, utilizado para trabalhar como motorista de aplicativo.

Segundo informações colhidas no local, o ataque foi cirúrgico e não deu qualquer chance de defesa à vítima. Criminosos chegaram em duas motocicletas e cercaram o carro: enquanto um atirador disparava pelo lado do motorista, o outro abria fogo simultaneamente pelo lado do passageiro.

A perícia técnica confirmou a violência extrema do crime. Foram encontrados mais de 20 estojos de munição de pistola espalhados pela via. O exame preliminar revelou uma concentração assustadora de disparos na região vital: cerca de 12 tiros foram desferidos à queima-roupa na altura do pescoço e queixo. Robson também foi atingido no peito, abdômen, braço e costas.

O Departamento de Polícia Técnica (DPT) e a Polícia Militar descartaram a hipótese de latrocínio (roubo seguido de morte), uma vez que o celular e pertences da vítima permaneceram no interior do veículo, reforçando a tese de execução.

Um agente no local informou que Robson Tadeu era suspeito de envolvimento com uma facção criminosa, atuando supostamente no transporte de drogas e indivíduos ligados ao crime organizado.

Por outro lado, familiares que estiveram na cena do crime, em estado de choque, negam as acusações. Eles descrevem Robson como um rapaz trabalhador que lutava pelo sustento de sua filha pequena, que agora fica órfã.

Robson era morador do loteamento Jardim Italamar, no bairro Santo Antônio. O crime, ocorrido em plena luz do dia e com tamanha crueldade, eleva a tensão na cidade. A Polícia Civil já iniciou as investigações e busca imagens de câmeras de monitoramento na região para identificar os autores e as motocicletas usadas na fuga.

Fonte: Verdinho