A ex-diretora do Conjunto
Penal de Eunápolis, Joneuma Silva Neres, foi transferida na sexta-feira (06\06)
para o Conjunto Penal de Itabuna, onde cumprirá prisão preventiva. A mudança
ocorre cinco meses após sua prisão, em janeiro de 2025, sob suspeita de ter
facilitado a fuga de 16 presos em dezembro de 2024, incluindo líderes
faccionais.
Motivos da transferência - Segundo
informações, a transferência foi baseada no bom desempenho da unidade de
Itabuna em programas de ressocialização. O presídio é referência na Bahia por aprovar
detentos em universidades públicas; oferecer trabalho interno com remição de
pena e garantir atendimento médico diário.
Fontes ligadas à Secretaria
de Administração Penitenciária (SEAP) afirmam que a mudança também visa reduzir
riscos, já que Eunápolis ainda vive tensões pós-fuga.
O escândalo que levou à
prisão da diretora - Joneuma foi exonerada após um grupo armado
invadir o presídio para libertar Edinaldo Pereira Souza, o Dada, líder da
facção Primeiro Comando de Eunápolis (PCE). Os outros 15 fugitivos eram membros
da mesma organização. Investigadores apontam que a ação foi facilitada por
supostas falhas na segurança, sob responsabilidade da então diretora.
Perfil da acusada - primeira
mulher a comandar um presídio masculino na Bahia; policial penal desde 2016,
com formação em Direito e especializações na área; atualmente grávida, aguarda
julgamento sob acusações de colaboração com organização criminosa e violação de
dever funcional.
Contexto nacional - O
caso ocorre em meio a debates sobre superlotação e corrupção no sistema
prisional brasileiro. Em 2024, a Bahia registrou sete fugas em massa, segundo o
Fórum Brasileiro de Segurança Pública. Especialistas criticam a falta de
investimento em inteligência penitenciária e a infiltração de agentes em
esquemas criminosos.
Fonte: Liberdadenews