Polícia Civil de Eunápolis conta detalhes da prisão do vereador Adriano Cardoso

 

A Polícia Civil de Eunápolis divulgou detalhes da prisão em flagrante delito do vereador reeleito Adriano Cardoso Caires (PP) pelo crime de posse ilegal de arma de fogo de uso restrito, com numeração raspada. 

A ação foi desencadeada após o cumprimento de mandados de busca e apreensão expedidos pelo 13º Núcleo da Justiça Eleitoral, como parte das investigações sobre crimes eleitorais, incluindo compra de votos, transporte irregular de eleitores e usurpação de serviços da Justiça Eleitoral.

Os mandados foram cumpridos na residência do vereador e em seu gabinete na Câmara Municipal de Eunápolis, além das residências de outros três assessores. Durante a busca na residência de Adriano, os policiais civis encontraram uma pistola calibre 9mm, com a numeração raspada, oculta na descarga do vaso sanitário na suíte do casal.

Segundo a polícia, ao perceber a inspeção e a iminência de ser preso, Adriano saiu do local em seu veículo, em alta velocidade, deixando para trás sua esposa e filha de 9 anos. 

Pouco tempo depois, o advogado Jota Batista, que defende o vereador, chegou ao local pra acompanhar as buscas. Ao ser informado de que a esposa de Adriano poderia ser autuada em flagrante, Batista entrou em contato com o vereador, orientando-o a retornar e assumir a posse da arma de fogo.

Adriano apresentou-se na delegacia quase ao mesmo tempo em que os policiais que realizaram as buscas retornavam, sendo autuado em flagrante, ficando custodiado à disposição da Justiça.

Nas demais diligências, foram apreendidos celulares, computadores e notebooks pertencentes aos outros alvos. Todos os materiais, inclusive a arma de fogo, serão encaminhados para perícia. A polícia encontrou material relacionado às investigações de supostos crimes eleitorais cometidos pelo edil durante a campanha.  

Defesa de Adriano – O advogado Jota Batista, que faz a defesa do vereador preso, disse que já requereu ao juiz da 1ª Vara Crime de Eunápolis a realização de audiência de custódia para que seu cliente seja liberado, sob fiança ou não. O advogado disse que o delito foi de pequeno impacto, posse e não porte de arma, e que é afiançável, ao contrário do divulgado.

Supostos crimes eleitorais - Sobre as investigações de crimes eleitorais supostamente cometidos pelo vereador Adriano durante a campanha eleitoral, Batista disse que o edil colabora com a Justiça Eleitoral nas investigações sem qualquer ação de obstrução ou empecilho.

Redação / Bahia40graus

Fonte: Polícia Civil/23ª Coorpin