Um
empresário de Salvador está sendo denunciado por dois de seus funcionários por
tortura. Os trabalhadores afirmam que viveram sessões de espancamento após
serem acusados de furtar dentro do estabelecimento, localizado nas proximidades
da Estação da Lapa, no Centro da capital baiana.
"Eu não acreditava no que estava acontecendo comigo. Apanhei muito e teve uma hora que não suportei mais. Eu realmente pensei que ia morrer. Quanto mais ele batia, ele continuava batendo. Batia com a barra, dava murro na cara", disse William, um dos jovens, que teve as mãos queimadas com ferro de passar.
O empresário, que seria
evangélico, mas não teve o nome revelado, teria deixado marcado “171” nos
membros da vítima, em referência à infração penal contra o patrimônio prevista
no Código Penal Brasileiro. O funcionário também informou ter sido obrigado a
usar vestido enquanto era gravado pelo agressor. As imagens foram
compartilhadas no WhatsApp.
O segundo funcionário foi identificado pelo prenome
de Marcos, acusado de furtar R$ 30. "Ele estava mudando de loja e me disse
para pegar as coisas. Nisso, ele já tinha armado e colocado R$ 30 em um balcão.
Coloquei o dinheiro na minha bolsa porque, como eu já trabalhava com o lojista
há muito tempo, achei que já tinha confiança. Eu já estive com mais dinheiro e
sempre devolvia para ele. Eu ficava sempre na loja, sozinho", relembrou.
"O primo dele chegou, pegou um pau e bateu na
minha mão. Ele começou a me bater, dizendo que não era coisa de Deus. Eu falei:
'não te roubei, mas, se quiser, pode bater'". O vídeo também foi
disseminado no WhatsApp.
A situação causou revolta entre os familiares do
jovem. "O vídeo está circulando nas redes sociais como se meu filho fosse
ladrão e ele não é. Eu tive que procurar meus direitos e inocentar meu
filho", disse a mãe de William.
Fonte: TV Aratu