Homem tortura filho com afogamento e eletrochoque para se vingar das agressões sofridas na infância por pai

 

Um homem de 25 anos foi preso na segunda-feira (7) por suspeita de tortura contra seu filho de oito anos, em Goiânia. De acordo com informações da Polícia Civil, o homem realizava sessões de afogamento e choques elétricos contra a criança.

A prisão dele integrou a operação Curciatus, da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA) da capital. De acordo com o relato do menor à corporação o pai, cuja identidade não foi revelada, promovia “sessões de tortura” com agressões a diversas partes do corpo.

A criança relatou à polícia que o pai o agredia com um fio e que o mesmo instrumento era utilizado para dar choques elétricos nos braços, barriga, pernas e pés. O agressor também teria tentado arrancar as unhas da vítima.

Ele disse em depoimento que provocava os ferimentos para se vingar de violências cometidas contra ele pelo próprio pai, quando o agora detido ainda era criança. O garoto, filho do suspeito confesso, revelou que era acordado durante a madrugada para sofrer as sessões de tortura, que incluíam sessões de afogamento, eletrochoque e terminavam com unhas arrancadas a mordidas ou com ajuda de um alicate.

Avó materna do garoto foi quem compareceu na Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA) na semana passada e relatou que o neto, que desde o final de 2019 morava com o pai, e uma madrasta, estava com várias escoriações pelo corpo. Ao ser ouvido, o menor contou que desde o ano passado sempre apanhava com fios e revelou as demais agressões.

O suspeito de agredir o filho, que não teve o nome divulgado, responderá por tortura, crime que tem pena de reclusão que varia, de dois a oito anos de reclusão. Na casa dele, os agentes da DPCA apreenderam um alicate e os fios elétricos que eram usados nas sessões de tortura.