Zico e Neymar
Tradicional
encontro de astros do futebol atraídas para o Maracanã pelo ídolo Zico, o Jogo
das Estrelas é também um retrato de um mercado em ebulição: o que movimenta as
idas e vindas dos jogadores e alimenta as esperanças dos torcedores. Maioria
entre os 58.382 presentes — um dos 5 maiores públicos do ano no país —, a
torcida do Flamengo tratou de “seduzir” Marinho, atacante do Vitória, e
ovacionou Neymar.
O craque do Barcelona tinha motivos para
encarar a volta ao Maracanã como uma ocasião especial. Na última vez em que
pisou no estádio, escreveu o capítulo final da longa espera do futebol
brasileiro pela medalha de ouro olímpica. Foi ele quem cobrou o último pênalti
na final contra a Alemanha. No jogo comemorativo desta quarta-feira, em que o
Time Vermelho (de Zico, Neymar e Renato Gaúcho) venceu o Branco (de Júnior,
Gustavo Scarpa e Claudio Adão), por 8 a 4, ele marcou duas vezes.
Antes do jogo aconteceu o momento de maior emoção, com a homenagem às vítimas do acidente aéreo com a Chapecoense, há um mês, em Medellín, na Colômbia. Cada um representando um clube carioca, Zico (Flamengo), Roberto Dinamite (Vasco), Camilo (Botafogo), Alexandre Torres (Fluminense) e Edu (América) entraram em campo conduzindo uma bandeira da Chapecoense. Junto com eles estavam João Carlos Maringá, diretor de futebol do clube catarinense, e Mateus Pallaoro, filho de Sandro Pallaoro, que presidia o clube e foi uma das vítimas.
Em uma noite de festa, a “pressão” rubro-negra teve lá seus efeitos. Marinho, que surge no noticiário como um dos alvos do Flamengo, disposto a contratar atacantes de velocidade, foi aplaudido a cada toque na bola e teve o nome gritado pelos torcedores, principalmente após os dois gols que marcou. Antes do jogo, no entanto, evitou dar pistas sobre o seu futuro.