Faltando
poucos dias para as eleições para cargos municipais em todo o país, a vendedora
Alyne de Oliveira Zolin, de 25 anos, tomará posse na cadeira vaga da Câmara
Municipal de Dracena, no interior de São Paulo, eleita com apenas um voto – e
não foi o dela.
Depois
de ter sido convidada para filiar-se ao PSD para concorrer nas eleições de
2012, Alyne desistiu de dar continuidade à campanha por um problema familiar. A
jovem sairia de Dracena, onde havia chegado quatro anos antes, rumo a Jundiaí,
também no interior paulista.
Lá,
ela permaneceu até o fim de semana. Enquanto jantava na casa de amigos, recebeu
a ligação de uma amiga informando que ela deveria providenciar os papéis para a
posse.
Um
vereador do município teve o mandato cassado pelo Tribunal Regional Eleitoral
por infidelidade partidária. Ele trocou o PSD pelo PSDB depois que o prazo para
troca partidária já havia se esgotado. Por ser Alyne a única filiada ao
partido, ela herdou a cadeira do PSD. O correligionário da vereadora eleita
recorreu da decisão do TRE.
Alyne
teve que retornar para Dracena às pressas. No último período de educação
física, a jovem teve que transferir a matrícula para uma faculdade da cidade
para conciliar o cargo no legislativo com os estudos. A vereadora, que terá
menos de quatro meses de atuação parlamentar, sequer terá oportunidade de tentar
eleger-se novamente em outubro.
Alyne
tenta descobrir de quem é o voto que a elegeu.