Um levantamento aponta indícios de irregularidades
em mais de 80% dos benefícios de auxílio-doença previdenciário e auxílio-doença
acidentário concedidos pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) em maio
de 2015. As irregularidades ocorrem nas áreas rural e urbana do país. A
pesquisa foi feita pelo Ministério da Transparência, Fiscalização e
Controladoria-Geral da União (CGU).
Conforme os dados, de 1,6 milhão de beneficiados,
721 mil tinham o benefício mantido por mais de dois anos; 2,6 mil foram diagnosticados
com doenças que não geram incapacidade; e que a situação de 77 mil segurados,
por lei, previa o retorno ao serviço em menos de 15 dias.
Além disso, cerca de 500 mil benefícios não passaram
por revisão há mais de dois anos ou foram concedidos sem perícia. Os últimos
casos, segundo a CGU, podem ser explicados pela demora no serviço de perícia.
Em média, o segurado espera 24 dias para o atendimento médico pericial,
enquanto o ideal seriam cinco dias.
Ainda segundo o estudo, o valor total pago em
auxílios-doença em maio de 2015 foi de R$ 1,8 bilhão. Segundo a CGU, se o
cenário fosse mantido sem o diagnóstico e correção destas falhas, o prejuízo do
INSS poderia chegar a R$ 6,9 bilhões em um ano.