Os Black Blocs, grupo de mascarados que tem
atuado de forma violenta em protesto por todo o Brasil, são organizados,
treinados e recebem financiamento até de fora do país. A informação faz parte
de uma reportagem da revista Época desta semana, que esteve nos centros de
preparação dos manifestantes e detalha de onde vem o dinheiro que o grupo
utiliza.
Ao contrário do que afirmam órgãos de
segurança federais e estaduais, os manifestantes não aparecem nos protestos do
nada e sem organização. Os Black Blocs têm método, objetivos, um programa de
atuação e, segundo afirmaram integrantes, acesso a financiamento de entidades
estrangeiras.
De acordo com Leonardo Morelli, jornalista
que coordena a ONG Defensoria Social, braço visível e oficial que apoia os
Black Blocs, a ONG Instituto St Quasar, ligada a causas ambientais, já
repassou, neste ano, cerca de R$ 300 mil aos cofres da entidade.
Ele também cita entre seus doadores
organizações como as suíças La Maison des Associations Socio-Politiques,
sediada em Genebra, e Les Idées, entidade ligada ao deputado verde Jean
Rossiaud, além do Fundo Nacional de Solidariedade, da Confederação Nacional dos
Bispos do Brasil, que nega os repasses. Morelli ainda relacionou entre seus
contatos os padres católicos colombianos e a Central Operária Boliviana.