O estado de urgência da educação brasileira parece que ainda não foi
entendida por muitas prefeituras baianas. O caso é sintomático quando é sabido
que, dos 116 ônibus destinados a municípios do estado, dentro do Programa
Caminho da Escola, que visa transportar estudantes das zonas rurais para as
sedes, nove ainda não foram resgatados pelos prefeitos de cidades avaliadas
como carentes do serviço e incluídas no programa pelo mesmo motivo.
Alguns veículos estão ao relento desde a primeira entrega, ocorrida em
junho passado. Na ocasião, foram liberados os primeiros 40 ônibus do projeto. Na
quinta-feira (7), o governo estadual anunciou a segunda leva, de 76 ônibus, mas
sete municípios também faltaram ao ato.
Segundo a assessoria da Secretaria de Educação do Estado (SEC), alguns
gestores informaram que buscarão os respectivos meios de transportes, mas a
explicação para a demora em retirar os ônibus ainda não foi esclarecida. Não
bastasse a situação de abandono de parte da frota, 20 ônibus tiveram os
tacógrafos furtados sexta-feira (8), no pátio da SEC, no Centro Administrativo
da Bahia (CAB).