Estão
previstas para começar este mês as audiências do processo que pode condenar a
médica Virgínia Helena Soares de Souza por acelerar a morte de paciente em um
hospital público de Curitiba (PR).
No
primeiro passo do processo, serão ouvidas as testemunhas de acusação e de
defesa. Estão convocadas quase 150 pessoas entre peritos, ex-funcionários e
ex-pacientes da UTI (Unidade de Tratamento Intensivo), familiares de
pessoas que passaram pela unidade, especialistas e até o governador do
Paraná, Beto Richa, que também é arrolado como testemunha do caso.
Por
enquanto, devem ser apuradas as circunstâncias de sete mortes entre as que
aconteceram na UTI enquanto Virgínia era chefe do departamento. Mas outros
casos ainda são investigados.
A
médica passou um mês presa, mas está hoje em liberdade provisória. Uma vez por
mês, ela é obrigada a se apresentar à Justiça. Nesta semana, a equipe do
Domingo Espetacular a encontrou em uma dessas visitas ao fórum.
Ex-chefe da UTI do hospital evangélico de Curitiba, há seis meses a médica ganhou as
manchetes em todo o País e o apelido de “doutora morte”.
Segundo a denúncia do Ministério Público, a equipe sob o comando de Virgínia
apressava a morte de pacientes em estado grave.
Segundo
o promotor do caso, Paulo Markowicz Lima, ela está sendo acusada de crimes de
homicídio e seria “mentora de uma quadrilha”.
Para
o advogado do caso, Elias Mattar Assad, não há provas para que se constitua o
júri popular.
O
advogado revela que Virgínia quer voltar a exercer a medicina.
