Após quatro anos de espera, uma adolescente de Abadiânia, cidade de
Goiás, conseguiu uma cirurgia de reconstrução vaginal. Ela possui
sequelas de um estupro, ocorrido em dezembro de 2009, e
desde então usa uma bolsa de colostomia. A mãe, que preferiu não se
identificar, disse que a operação será feita no próximo dia 18 de setembro em
Brasília.
O médico que atendeu
a garota, Olegário Vital, ajuda a família desde a data do crime. Ele explicou
que a cirurgia que a adolescente precisa passar é delicada e deve ser feita por
um profissional especializado. O intestino e os órgãos íntimos foram machucados
com o estupro. A menor era uma criança pequena e teve a pele rompida do ânus a
vagina, o que gerou infecções e a necessidade da bolsa de colostomia.
A mãe informou que os médicos não sabem
dizer quantas cirurgias ainda serão necessárias. O
suspeito do crime, que era um conhecido da família, foi preso e responde pelo
delito.
A família culpava a prefeitura de Abadiânia pela demora em conseguir o
procedimento. A secretária de Saúde, Renata Pereira Freitas, disse que assumiu
o cargo em janeiro deste ano e tomou conhecimento que a garota abandonou o
tratamento na cidade porque procurou ajuda em um hospital de Brasília.
As duas prefeituras
se comunicaram após a divulgação da situação da adolescente na imprensa e
conseguiram o agendamento da operação, segundo a mãe da criança.
