José
Dirceu já fez e refez mentalmente os cálculos de quanto tempo passará trancado
caso o Supremo Tribunal Federal rejeite os recursos de seus advogados. A
matemática do primeiro ministro da Casa Civil do governo Lula, personagem-símbolo
do mensalão, condenado a 10 anos e 10 meses de detenção por comandar o esquema,
é a seguinte: ele tem direito a pedir progressão de regime para o semiaberto -
em que é obrigado a apenas dormir na cadeia - após um sexto da pena, mas quer cozinhar
e lavar roupa na prisão para adiantar em seis meses esse benefício.
Assim,
chega ao seu tempo de cárcere: 1 ano e 4 meses. O petista tem dito aos
mais próximos que não acredita num novo julgamento pelo Supremo, algo que lhe
daria a chance de diminuir sua pena. Nos últimos dias, Dirceu passou a se
preparar para a prisão e a pensar como fará para se comunicar, para escrever e
continuar a fazer política. Tem dito que já imaginava um resultado ruim quando
o Supremo, seis anos atrás, recebeu a denúncia do Ministério Público Federal e
abriu a ação penal contra 40 pessoas - 25 acabaram condenadas.
