Ígor dos Santos
Neto, o Xaropinho (à esquerda), confessou o assassinato do motorista de
aplicativo Jonathan Alves Vieira (à direita)
Ígor dos Santos Neto,
conhecido como Xaropinho, de 28 anos, foi preso, suspeito de matar o motorista de aplicativo Jonathan Alves Vieira, de 32
anos, no dia 14 de novembro, em Santos Dumont, Vitória. O suspeito, que seria
gerente do tráfico de drogas da facção que domina a região, confessou o crime à
polícia.
No dia do assassinato, a vítima saiu de casa para buscar o filho autista de 5 anos na creche e levá-lo ao médico, quando foi abordado por dois homens em uma moto, que dispararam vários tiros. A motivação do crime foi vingança, já que Xaropinho teria descoberto que sua namorada mantinha um relacionamento paralelo com o motorista de aplicativo.
Antes de matar Jonathan,
Xaropinho torturou a namorada e raspou o cabelo e a sobrancelha dela. Na
ocasião do crime, os investigadores levantaram a possibilidade de a morte de
Jonathan ter ligação com a guerra de facções que acontece na região, já que
o motorista de aplicativo já havia sido preso por tráfico
de drogas.
Mas, ao longo das apurações,
a polícia recebeu uma informação que apontava para crime
passional, motivação que acabou se confirmando. Em depoimento,
Xaropinho confirmou que flagrou mensagens de cunho sexual entre a namorada e
Jonathan. O motorista de aplicativo foi assassinado com muitos tiros.
Xaropinho foi preso seis dias
depois do assassinato, mas por outro crime. O suspeito foi visto pela Polícia
Militar armado no bairro da Penha. Ele fugiu, invadiu uma casa, tentou esconder
a arma embaixo de um travesseiro na cama, mas a pistola .40 com seletor de
rajada foi encontrada pela polícia. A perícia realizada na pistola confirmou
que essa foi a arma utilizada no assassinato de Jonathan.
A polícia descobriu ainda que Xaropinho também traía a namorada. Ele teria usado a moto da amante para praticar o assassinato, com a desculpa de ir comprar salgados.
A Justiça decretou a prisão preventiva de Xaropinho na última sexta-feira (19/12). O juiz afirmou que, pela alta periculosidade do crime de vingança, Xaropinho é um risco para a sociedade e poderia atrapalhar as investigações, intimidando testemunhas. Por isso, deveria ficar preso.
Fonte: TV Vitória

