O pai da adolescente de 14 anos mantida em cárcere privado pelo namorado
traficante revelou que a jovem fugia de casa para
encontrar o rapaz. Para fugir do criminoso, ela arrombou a porta e pulou o muro
da casa onde morava, em Vila Nova de Colares, na Serra (ES), onde era
agredida e violentada sexualmente. O pai da jovem, um arrumador de cargas, de
40 anos, expressou seu desespero e frustração diante da situação.
“Se eu pegar uma correia e
deixá-la presa, eu estou errado. Se ela está solta, ela foge e apronta, eu
estou errado”, afirmou o pai. Ele negou veementemente a versão dada pela filha
à polícia na Delegacia Regional da Serra de que ele a teria agredido e
expulsado de casa. Ele garante que a garota fugia de casa para se encontrar com
o traficante sempre que ele saía para o trabalho.
A adolescente foi criada pela
mãe nos Estados Unidos e, segundo o pai, a mudança para o Brasil foi a
tentativa da mulher de controlar a situação, já que a garota repetia o mesmo
comportamento de fugir quando morava fora tendo se relacionado com um
traficante lá.
Pai da vítima
A Polícia Civil informou
que o suspeito, de 22 anos, foi conduzido à Delegacia Regional da Serra e foi
autuado em flagrante por lesão corporal e cárcere privado, ambos na forma da
Lei Maria da Penha, e tráfico de drogas. Ele foi encaminhado ao sistema
prisional.
Cárcere privado e agressões
O pai revelou que esta não é
a primeira vez que o traficante espanca sua filha. Há cerca de oito meses, a
garota já havia fugido e ido morar com o namorado, mas voltou para casa “toda
espancada, com o olho todo roxo, com o cabelo cortado e cheia de hematomas”,
por ter se relacionado com um traficante rival do companheiro.
Mesmo após as agressões e ter
o cabelo cortado, a adolescente fugiu pela quarta vez e voltou para o
traficante. No depoimento, ela relatou ter sido amarrada, agredida com uma
barra de ferro (perdendo o filho enquanto grávida), e obrigada a usar drogas e a
praticar atos sexuais com o namorado e a ex-namorada dele.
Pai da adolescente
O pai disse que a filha é
poliglota (fala português, inglês e espanhol), mas não demonstra interesse
pelos estudos ou futuro. Ele acredita que a filha possa ter algum transtorno
mental ou desvio de caráter e buscará ajuda especializada.
Fonte: TV Vitória
