A Agência
Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) proibiu a
comercialização, distribuição, fabricação, importação, divulgação e consumo de
uma série de produtos e suplementos alimentares na quinta-feira, 15.
Entre os alvos estão todos
os suplementos da marca Angry Supplements, que, segundo a agência, são
fabricados por uma empresa de origem desconhecida e anunciados em grandes
plataformas de comércio eletrônico.
A Anvisa afirma que os
suplementos da marca não são regularizados no Sistema Nacional de Vigilância
Sanitária (SNVS) e não apresentam rotulagem em português com informações
obrigatórias, como denominação, lista de ingredientes, advertências e dados
nutricionais. Também não há identificação de fabricante ou importador nacional
devidamente registrado no SNVS.
Outra medida trata do “mix
de adoçantes” Impossible Sugar Veganutris, da empresa Rubali Alimentos. O item
deve ser recolhido do mercado e teve a sua comercialização, distribuição,
fabricação, importação, divulgação e consumo suspensos.
Segundo a Anvisa, a ação
acontece porque o produto traz a alegação nutricional “zero açúcar”, embora a
tabela nutricional indique a presença de 3,9 g de açúcares totais a cada 100 g.
Além disso, contém inulina, ingrediente não autorizado para a categoria de
adoçantes de mesa, e apresenta falhas na rotulagem, como a ausência da
denominação de venda e das instruções de preparo e uso.
A Anvisa também proibiu a
comercialização, distribuição, fabricação, importação, divulgação e consumo de produtos
da empresa Jane Alves Shape Caps, e determinou a apreensão dos itens.
A medida vale para os
produtos Shape Turbo (todos os lotes), Shape Caps (todos os lotes), Detox
Bitlife (todos os lotes), Black Turbo - marca Bitlife (todos os lotes), Desejo
Turbo Feminino - marca Bitlife (todos os lotes) e Desejo Turbo Masculino - marca
Bitlife (todos os lotes).
A agência alega que os
produtos são fabricados por uma empresa não identificada e estão sendo
divulgados sem registro, notificação ou cadastro.
A ação da Anvisa atinge ainda
todos os lotes do produto Tirzepatida T.G.5, de empresa não identificada.
Ele teve sua comercialização, distribuição, fabricação, importação, propaganda
e uso proibidos e também deve ser apreendido.
Além de ter origem
desconhecida, a Anvisa afirma que o item — que faz referência ao princípio
ativo do Mounjaro, medicamento da Eli Lilly para tratamento da obesidade e do
diabetes tipo 2 — está sendo divulgado sem registro, notificação ou cadastro.
Atualmente, a Eli Lilly é a
única fornecedora legal de tirzepatida no País e o mercado
paralelo é classificado por especialistas como “crime sanitário”, como mostrou
o Estadão.