Aproximadamente 1,4 milhão de famílias beneficiárias do programa Bolsa
Família omitiram informações importantes, como a presença de cônjuges, para
obter acesso indevido ao programa entre março de 2024 e março deste ano. Este
esquema resultou em um prejuízo mensal de R$ 926 milhões, acumulando um déficit
anual de R$ 11,1 bilhões. As irregularidades foram observadas em diversas
localidades do Brasil.
Tecnologias e ineficiências na verificação
O governo federal utiliza tecnologias avançadas para cruzar dados entre
programas sociais como o Bolsa Família e o PIS/PASEP. No entanto, apenas 1,2
milhão de famílias foram verificadas nesse período. A gestão do programa, que é
descentralizada, sofre com lacunas significativas nos municípios, contribuindo
para o aumento no número de beneficiários inflacionados.
Em resposta, o governo federal cancelou 4,1 milhões de pagamentos
irregulares entre 2023 e 2024. Este movimento busca assegurar que os recursos
públicos sejam direcionados corretamente. O plano de ação para 2025 visa
intensificar a fiscalização, melhorar a qualidade do Cadastro Único e prevenir
fraudes de maneira eficiente.
Sustentabilidade fiscal e ajustes
As fraudes levantam preocupações sobre a sustentabilidade fiscal do
programa. Com um corte de R$ 7,6 bilhões no orçamento do Bolsa Família neste
ano, o governo indicou a necessidade de ajustes para controlar as despesas
sociais. A intenção é restaurar a confiança no sistema e assegurar que os
programas sociais não sejam sobrecarregados por fraudes.
O governo está empenhado em aprimorar os sistemas de controle e seguir
denúncias de forma rigorosa. A colaboração com órgãos como a Polícia Federal
promete intensificar a detecção de fraudes, garantindo integridade nos repasses
dos benefícios. Esses esforços são fundamentais para equilibrar o orçamento e
proteger os interesses dos cidadãos que realmente precisam do auxílio.
Fonte: Catraca Livre