O médico Raphael Araujo de
Albuquerque foi condenado a dez anos de prisão e ao pagamento de indenização
por danos morais por estupro de vulnerável, em Paulo Afonso, na Bahia. A defesa
nega as acusações.
De acordo com a denúncia
do Ministério Público da Bahia (MP-BA), o crime ocorreu entre os dias 13 e 14
de junho de 2019, no Motel Chamego, em Paulo Afonso. O réu e a vítima se
conheceram por meio da rede social Instagram e, após conversas no aplicativo, foram
a bares, onde consumiram bebidas alcoólicas.
Segundo depoimento, a
vítima, embriagada, pediu para ir para casa, mas Raphael a forçou a fazer sexo
oral e a levou para um motel, onde praticou conjunção carnal sem o
consentimento dela.
Ainda segundo a vítima,
ela tentou se soltar durante o ato sexual, mas foi impedida pelo denunciado,
que segurou seus braços, impossibilitando sua saída. Afirmou, ainda, que só
conseguiu deixar o motel após ele perder a consciência, momento em que solicitou
ajuda a um amigo, que chamou um motorista de aplicativo para levá-la para casa.
A denúncia do MP-BA também
requereu a apresentação de registros fotográficos das lesões sofridas pela
vítima para exame de corpo de delito indireto, bem como informações sobre o
motorista do aplicativo que a socorreu.
O juiz Cláudio Santos
Pantoja Sobrinho, da 2ª Vara Criminal de Paulo Afonso, julgou procedente a
acusação e condenou Raphael Araujo de Albuquerque pelo crime de estupro de
vulnerável a dez anos de reclusão, a serem cumpridos inicialmente em regime
fechado, devido à natureza hedionda do crime.
Na sentença, o juiz afirma
que a palavra da vítima foi considerada relevante para a decisão, assim como as
evidências de lesões e os depoimentos de testemunhas, que confirmaram seu
estado emocional abalado e as marcas físicas em seu corpo logo após o ocorrido.
A defesa alegou
consentimento, mas o juiz não encontrou respaldo para essa tese nas provas
apresentadas, dado o estado de embriaguez da vítima e as circunstâncias em que
ela buscou ajuda.
Fonte: BN