A Polícia Civil de
Itamaraju cumpriu, no final da tarde de sexta-feira, 07 de fevereiro, um
mandado de prisão preventiva contra Nilson de Jesus Rocha, de 35 anos, vulgo
“Ninho”. Ele foi localizado em uma fazenda na comunidade de São Domingos, a 20
km do povoado de Nova Alegria, em Itamaraju, em um local de difícil acesso.
Nilson é o principal
investigado pela morte de sua companheira Adriana Cunha da Silva, de 34 anos.
Segundo testemunhas, no dia 02 de fevereiro, Adriana e Nilson estavam no Rio
Jucuruçu, no povoado de Nova Alegria, junto com outras pessoas. Em dado
momento, as testemunhas viram Nilson abraçando Adriana na cachoeira e,
acreditando que o casal estivesse em um momento íntimo, se afastaram do rio.
Pouco tempo depois, Nilson
retornou sozinho. Questionado sobre Adriana, ele ficou em silêncio, mas, ao ser
pressionado, confessou ter matado a companheira, afirmando que o corpo dela
apareceria boiando no rio. As testemunhas correram para procurar Adriana, mas
não a encontraram. Mais tarde Nilson foi encontrado em um bar em Nova Alegria,
onde se recusou a falar sobre Adriana e fugiu do local.
Com a ajuda de populares, as buscas pelo corpo de Adriana continuaram e, na manhã seguinte, por volta das 05h, o corpo foi encontrado boiando no rio. As testemunhas relataram que Nilson e Adriana moravam juntos em uma casa alugada e brigavam com frequência. Nos últimos dias, Adriana havia comentado que a relação não estava dando certo, pois Nilson estava se comportando de maneira agressiva.
Ainda segundo testemunhas,
Adriana já havia relatado episódios de violência doméstica, mencionando
hematomas e uma mordida no ombro, mas não acreditava que denunciá-lo resolveria
o problema. As testemunhas afirmaram que aconselharam Adriana a terminar o relacionamento,
mas sem sucesso.
Perante a autoridade
policial, Nilson alegou que não se lembra se bateu em Adriana ou o que fez,
limitando-se a dizer que não sabe explicar o que aconteceu. Ele foi indiciado
por feminicídio, crime que, com a alteração da lei em 2024, pode ter pena de até
60 anos de reclusão. O preso foi encaminhado para Teixeira de Freitas, onde
permanece à disposição da Justiça.
Fonte: Liberdadenews