A morte de Luana Campos
Carneiro, 25 anos, abalou o município de Figueira, no Norte do Paraná. A jovem
ingeriu veneno após perder cerca de R$ 140 mil no popular “Jogo do Tigrinho”. Luana,
que havia recebido o montante como herança, teria investido a quantia nas
apostas até esgotar os recursos e contrair dívidas.
Amigos próximos relatam
que o desespero com a situação financeira pode ter sido o gatilho para o ato
trágico. “Era uma pessoa cheia de vida, de bom coração, mas se perdeu em meio
ao desespero. É uma grande tristeza para todos que a conheciam”, desabafou uma
fonte que preferiu não se identificar.
ESTE NÃO É UM CASO ISOLADO -
Em agosto, Lourival Guarnieri, de 52 anos, também tirou a própria vida em
Santana do Itararé, a cerca de 120 km de Figueira, após acumular R$ 100 mil em
dívidas relacionadas ao mesmo tipo de aposta. Arlete de Lourdes Azevedo, esposa
de Lourival, relatou que o marido inicialmente chegou a ganhar dinheiro com o
jogo, o que o motivou a continuar apostando.
No entanto, as perdas financeiras
geraram dívidas insustentáveis e grande pressão psicológica. “Ele prometeu
parar, mas não conseguiu. Acho que ele estava com medo de revelar que a
situação tinha piorado”, lamentou.
Além dos casos de
suicídio, crimes violentos ligados a apostas têm preocupado. Em março, em
Bandeirantes, um homem matou sua ex-companheira e a enteada de 15 anos após o fim
do relacionamento, motivado por perdas financeiras em jogos de aposta.
O “Jogo do Tigrinho”,
prática de apostas que envolve altas quantias e promessas de ganhos rápidos,
tem sido associado a um crescente número de tragédias. O impacto financeiro e
emocional causado por essas apostas reforça a necessidade de atenção para os
riscos de jogos de azar e suporte para quem enfrenta dificuldades financeiras.
Fonte: Tanabi Noticias