Na última
quinta-feira, 29, a Câmara Municipal de Porto Seguro votou um projeto de lei
que autoriza o reajuste no salário dos vereadores para a próxima legislatura.
Caso o projeto receba a sanção do Executivo, o novo salário dos vereadores
poderá chegar a aproximadamente R$ 17.300,00, representando cerca de 50% dos
vencimentos dos deputados estaduais da Bahia.
A votação
gerou intensos debates entre os parlamentares, com argumentos divergentes sobre
a necessidade e justificativa para o aumento salarial. Entre os vereadores que
votaram contra o projeto, destacam-se Kempes Neville, Vinícius Parracho e
Eduardo Tocha. Já os que se posicionaram a favor foram Anderson Riceli, Charles
Sena, Pepo da Van, Dilmo Santiago, Enildo (Roló) Gama, Van Van do Arraial, Lia
Arigatô, Lucas Barreto, Nilson Cardoso, Reinaldo Farofa, Robinson Vinhas e
Saulo da Distribuidora.
Robinson Vinhas, um dos vereadores favoráveis ao projeto, justificou seu voto afirmando que o aumento salarial é uma prática comum em todas as câmaras do Brasil para a próxima legislatura. Ele ressaltou que o atual mandato não teve aumento devido a decretos presidenciais relacionados à pandemia e à legislação em causa própria.
Por outro lado, Vinícius Parracho, um dos vereadores que votou contra o projeto, expressou sua preocupação com o aumento dos salários dos vereadores, destacando que os valores já são elevados em relação à média salarial local e nacional. Parracho enfatizou que indivíduos com rendimentos superiores a R$ 10.000,00 compõem a faixa dos 5% mais ricos do país.
Entre os posicionamentos a favor do reajuste, Lia Arigatô chamou a atenção para os desafios financeiros enfrentados pelos vereadores em seus mandatos. Ela mencionou despesas significativas com cuidados de animais e afirmou que, após quatro anos sem aumento, torna-se difícil servir à comunidade com um salário considerado baixo.
Diante dessas diferentes perspectivas, a votação do projeto revela um cenário de debates intensos e opiniões divergentes dentro da Câmara Municipal de Porto Seguro. Agora, o projeto segue para análise do Executivo, aguardando a decisão do prefeito quanto à sua sanção.
Fonte: belmontenews