Na manhã de sábado, 19, Celso Eduardo Plaza Silva, 25 anos, compareceu à Delegacia da Polícia Civil de Teixeira de Freitas, informando ter sido vítima de roubo e tortura. Ele disse que desde que se mudou para um residencial, passou a ser ameaçado pelos indivíduos Welington Manoel Garcia de Jesus, 23 anos, vulgo "Bruxo"; Nailton de Souza Silva Junior, 28 anos, vulgo “Aloc” e Taylon dos Anjos Fernandes, 26 anos, vulgo “TL”.
Celso Eduardo disse que os denunciados o abordaram para questionar sua origem e seus motivos para estar no residencial. Ele acredita que os suspeitos estejam envolvidos com tráfico de drogas na região. Ainda segundo Celso, os moradores locais têm medo de falar sobre o assunto, pois os suspeitos são violentos e costumam circular à noite portando armas de fogo.
Na madrugada de sábado (19), “Bruxo”, “Aloc” e “TL”, invadiram a residência de Celso e o agrediram fisicamente com socos, chutes e pedaços de madeira. Durante a agressão, exigiam que a vítima confessasse estar passando informações sobre o tráfico. Apesar das ameaças constantes de morte, Celso negou as acusações. Os acusados levaram produtos eletrônicos da vítima que foram recuperados pela Polícia Civil.
Celso foi levado pelos suspeitos para um matagal, onde continuaram a espancá-lo. Nesse momento, "Taylon" estava segurando uma arma de fogo calibre .38. Aproveitando um momento de distração dos criminosos, Celso conseguiu fugir para o matagal e permaneceu escondido até o amanhecer.
Após conseguir
ajuda e chegar ao centro da cidade, Celso foi até a Delegacia Territorial de
Teixeira de Freitas e relatou todo o ocorrido ao delegado plantonista, Bruno
Ferrari, que convocou outros policiais para prender os suspeitos. Ao chegarem
ao local indicado por Celso, os policiais encontraram Nailton, Taylon e
Welington. Os três foram conduzidos à delegacia.
Nailton, o “Aloc”, Welington “Bruxo” e Taylon “TL”, foram flagranteados pelos crimes de tortura (crime hediondo), ameaça e roubo (Art. 157, 1° da Lei 9455/97 do CPB). O trio permanece preso na custódia da Polícia Civil de Teixeira de Freitas, à disposição da Justiça.
Curiosamente, apesar de ser vítima dos crimes relatados, como Celso tinha um mandado de prisão em aberto, também foi preso. O mandado contra Celso foi expedido pela Vara Criminal de Itapetinga, na Bahia (Art. 171).
Por: Liberdadenews