Terceira via em Eunápolis não tem um bom nome de consenso, só vontade

 

Com uma arrecadação de quase meio bilhão por ano, é natural que Eunápolis seja a menina dos olhos de políticos e de aventureiros da política. 

O deputado federal Neto Carletto (PP), foi citado em matéria do site Bahia Notícias, na sexta-feira (30), como ‘articulador’ da 3ª via na cidade, diante dos grupos políticos opositores entre si, o da prefeita Cordélia (União Brasil) e do ex-prefeito Robério Oliveira (PSD). 

FALTA UM BOM NOME

A questão é que o grande obstáculo à formação da 3ª via continua sendo a falta de um bom nome de consenso. E Neto Carletto, com certeza, ainda está muito verde para ser esse nome, apesar da conhecida prepotência da família Carletto em conseguir as coisas na política pela via do poder econômico. 

Para uma 3ª via ter sucesso em Eunápolis, teria de unir todas as forças fora da polarização Cordélia/Dapé x Robério/Cláudia, e ainda buscar apoiadores dentro desses 2 grupos. Uma tarefa gigante. Quem na política eunapolitana teria essa capacidade? Só o dinheiro seria suficiente?

Estamos a um ano e 6 meses das eleições municipais e não brotou no jardim da falada 3ª via nenhuma ‘flor que se cheire’ para dar alguma esperança ao ‘projeto’. 

Os nomes são citados nos bastidores, redes sociais e na imprensa, mas ninguém confirma as especulações. Só curtem a ‘lembrança’.  

Com Neto Carletto descartado, quem poderia então encarar o desafio? O ex-prefeito Neto Guerrieri, o ex-vereador Ramos Filho? Nenhum deles tomou qualquer iniciativa nessa direção, sabem fazer contas.

Ainda tem: Maria Menezes, Pedro Vailant, Isac Boaventura e Bel Checon, nomes já queimados nas eleições anteriores com projetos individuais. Por tudo isso, o cenário eleitoral se mantém na estaca zero!  

A sucessão municipal de 2024 em Eunápolis não será fácil como pregam as rapinas de plantão. A polarização continua muito forte no imaginário coletivo. No jardim de infância da política aprende-se que eleição de deputado é uma coisa e a de prefeito outra bem diferente.

Por Geraldinho Alves, jornalista e editor do Bahia40graus