Ronaldo dos
Santos, o Ronaldão, envolvido em um homicídio e uma tentativa de homicídio
ocorridos em Ilhéus, no último dia 07 de abril, apresentou-se à polícia na
quinta-feira (13), após discussão entre as partes. Uma das vítimas, Romário,
não resistiu aos ferimentos provocados pela arma de fogo utilizada pelo
indivíduo, e acabou morrendo ainda no local do crime.
Ronaldo estava
foragido desde então. A arma de fogo e munições já haviam sido apreendidas pela
polícia. Temendo pela própria segurança, Ronaldo preferiu apresentar-se às
autoridades na cidade de Valença, a cerca de 190 km de Ilhéus, onde o ataque
ocorreu. Ele prestou depoimento, estando agora à disposição da Justiça, e
deverá ser recambiado posteriormente para o município onde tirou a vida de seu
desafeto.
Valdirene e Romário
Durante o depoimento, Ronaldo confessou ter atirado no casal, e disse ainda ter posse de uma outra arma de fogo, que levou consigo durante a fuga, e garantiu às autoridades que entregará a arma aos policiais nas próximas horas. Ele alegou ter registro das duas armas de fogo.
Ronaldo relatou também que a
confusão com Romário começara cerca de 15 dias antes do assassinato. Nesse
intervalo, ele diz que se sentiu ameaçado e que teria percebido movimentações
estranhas no sentido de atacarem-no. A origem do problema, ainda de acordo com
os relatos de Ronaldo, teria sido o volume abusivo de um som automotivo.
Uma das partes do depoimento de
Ronaldo que mais chamaram atenção foi o fato de ele dizer que os tiros foram
sem intenção. Segundo ele, apenas segurava a arma, mas a esposa de Romário,
Valdirene de Jesus Santos, de 32 anos, partiu pra cima dele e quando tentou
subtrair-lhe a arma, ela disparou. A versão de Ronaldo é contraditória e
subjetiva, de acordo com o que já foi avaliado pela polícia.
Valdirene, baleada na ocasião, segue internada no Hospital Regional Costa do Cacau, em Ilhéus. Como se apresentou e fora do período de flagrante, Ronaldo foi liberado. As investigações, no entanto, seguem em caráter de sigilo.
Fonte: Verdinho