Em julho, a Organização Mundial da Saúde (OMS) havia
recomendado que homens que fazem sexo com homens reduzissem o número de
parceiros sexuais como forma diminuir a transmissão da varíola dos macacos.
Entretanto, a infectologista Clarissa Ferreira alerta que a doença não é
exclusiva deste público.
De
acordo com a médica, a transmissão da varíola dos macacos não acontece por
conta da orientação sexual, mas sim através das relações sexuais e da proximidade,
que são fatores que expõem a doença.
Entre os sintomas, a varíola dos macacos
provoca febre, dor de cabeça, calafrios, dor muscular, além das lesões que
podem surgir no rosto, dentro da boca, mãos, pés, peito, genitais ou ânus.
Segundo a infectologista, a infecção pode se desenvolver no reto e, no último
trabalho publicado sobre os casos que ocorreram no mundo, grande parte das
pessoas tiveram lesão no local.
Em relação ao tratamento das lesões, os médicos
orientam cuidados sintomáticos, além de recomendar deixar as lesões limpas e
secas, e evitar coçar, como forma de prevenir infecções secundárias, que podem
ser causadas por microorganismos presentes nas unhas.
Pessoas com sintomas, ou com suspeita da doença,
precisam procurar os serviços de saúde. Entre
as dúvidas frequentes sobre a doença, está a prevenção. Clarissa informa que
para conter a infecção da varíola dos macacos se deve evitar o contato com
pessoas doentes.
A imunização contra a doença seria outra maneira de
prevenir a varíola dos macacos. A vacina contra a varíola humana tem eficácia
de até 85% e, conforme a infectologista, a depender do número de casos
circulantes, há a possibilidade de ter que recuperar a vacina para avaliar a aplicação,
mas isso depende de questões de políticas públicas.
por
Alexandre Brochado