Um
PM foi atendido no Hospital Municipal Frei Ricardo, em Itabela. A reportagem
apurou que nenhum outro policial ferido deu entrada em hospitais públicos em
Itamaraju e Eunápolis, cidades próximas de onde ocorreu o tiroteio.
Os
PMs estavam à paisana, prestando serviço de segurança particular para
fazendeiros daquela região.
CLIMA TENSO NA REGIÃO
Há dois meses, o clima é de muita
tensão na região, desde que índios pataxó retomaram uma área, alegando que se
trata de terras protegidas pela Terra Indígena de Barra Velha. Eles denunciam cerco de fazendeiros,
com supostos pistoleiros armados.
Por
outro lado, os fazendeiros alegam que vêm sendo ameaçados pelos índios, que
estariam com armamento pesado e “se fazendo de vítimas”. Não há informação se
os homens que atacaram os policiais eram indígenas.
CRIANÇAS CORREM DOS TIROS
Durante o tiroteio de quase uma hora, estudantes de
escolas indígenas e outros moradores de aldeias ficaram muito assustados.
Imagens compartilhadas nas redes sociais mostram o barulho dos tiros e pessoas
correndo.
Tão logo surgiu a notícia do confronto, várias
equipes da Polícia Militar foram deslocadas para a área. A reportagem manteve
contato com unidades da PM na região, mas não obteve retorno com mais detalhes
sobre a ocorrência.
TROCA DE ACUSAÇÕES
Na manhã de quarta-feira, os índios publicaram, nas
redes sociais, uma foto que mostra o momento em que uma ponte de madeira é
queimada por um grupo que estaria a serviço de fazendeiros. Na imagem, aparece
um homem armado e com colete à prova de balas. Há relatos de fazendeiros que os
índios também incendiaram uma ponte na mesma área.
A reportagem ainda não conseguiu falar com nenhum
fazendeiro ou liderança indígena.
Fonte: Radar 64