Há quem diga que a justiça não
socorre aos que dormem. Então para acreditar que ela ocorre, é preciso que aja
denuncia, acatamento do Ministério Público, e por fim, condenação em 1ª, 2ª e
3ª instancias.
Deste modo, Eunápolis e Itabela tem
visto seus algozes, pai e filho, Paulo e Júnior Dapé, serem condenados a
devolver dinheiro público, em escândalos de desvios de verba pública.
Erra quem pensa que o único crime
cometido por Paulo Dapé foi o não pagamento dos professores no ano 2000. Muito
pelo contrário, Dapé coleciona mais de 100 processos, muitos deles com
denúncias tanto no Ministério Público Estadual, quanto no Federal.
Paulo Dapé chegou a ser preso por
descumprir ordem judicial para apresentação em juízo do rol de credores, num
processo de falência, no qual aparece como representante legal de uma empresa
falida. Ele foi condenado recentemente pelo juiz Roberto Freitas, da 1ª Vara da
Fazenda Pública, a devolver R$ 5,7 milhões aos cofres públicos, e a perda dos
seus direitos políticos por 05 anos.
Paulo Dapé ainda terá muito o que
explicar à justiça em um processo pesado, onde a justiça apura o
desaparecimento de materiais e equipamentos do Hospital Regional, que chegou a fechar
as portas, enquanto Dapé era intitulado “homem da saúde”.
Os anais da história também
entregam uma extensa ficha criminal envolvendo o nome de Junior Dapé, um dos
mentores da campanha da madrasta, Cordélia Torres. Citado pelo Ministério Público
Federal na operação Pasárgada, Junior Dapé chegou a desfilar usando algemas,
enquanto era conduzido a carceragem policial.
Junior Dapé estava esquivando-se de
intimações judiciais. Ele foi intimado por intermédio do Diário Oficial.
Por Alinne Werneck - jornalista