A Bahia vai receber a primeira Copa
Indígena de Futebol, que vai acontecer entre os dias 30 de outubro e 15 de
novembro. Na língua Tupi, a copa foi batizada de Kwá Yepe Turusu Apisáwa, que
significa “Esse é um grande jogo”.
O
torneio vai reunir oito times formados por jogadores das etnias Tupinambá,
Pataxó e Pataxó Hã-Hã-Hãe, que entrarão em campo para disputar o inédito título
e ganhar, como prêmio, a oportunidade de jogar uma partida amistosa contra a
equipe de futebol profissional do Bahia, um dos apoiadores do evento.
A
final, marcada para o dia 15, será sediada na Cidade Tricolor, centro de
treinamento do Bahia. O ex-jogador Juninho Pernambucano e o jornalista Bob
Fernandes serão os comentaristas da partida, e todos os jogos terão transmissão
ao vivo pelo YouTube.
O
evento não está sendo tratado apenas pelo viés esportivo. Para os indígenas, a
competição de futebol é também uma oportunidade de reforçar o alerta sobre a
violação dos direitos que os seus povos sofrem e de quebrar estereótipos.
O
projeto está sendo erguido com o suporte do Bahia, clube que há anos demonstra,
publicamente, apoio às pautas indígenas; e também com a ajuda do Instituto
Latino-americano para Justiça Coletiva (Ilajuc), criado para promover a
proteção e justiça coletiva de grupos minoritários por meio de pesquisas e
projetos.