Na Bahia,
em 56,6% das residências, pelo menos uma pessoa recebe o auxílio emergencial
criado pelo governo federal para amparar trabalhadores informais e a população
de baixa renda durante a pandemia. A estimativa equivale a 2,7 milhões de
residências em todo o estado, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE). Os dados representam a realidade do mês de outubro, e
coloca a Bahia em nono lugar quanto ao percentual de atendidos e o terceiro em
números absolutos de domicílios atendidos.
Com valor atual de R$ 300, a
última parcela prevista de pagamento do auxílio é no mês de dezembro. A
sinalização do governo federal e da equipe econômica é de que o benefício
deverá ser finalizado, sem, até o momento, proposta concreta de prorrogação,
mesmo com o atual cenário de avanço da Covid-19 nos estados. A decisão do
governo, no entanto, abre uma lacuna no que se refere ao futuro econômico e
social no país.
Na Bahia,
por exemplo, de acordo com Urandi Paiva, coordenador de Estatística da
Superintendência de estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), sem o auxílio,
a previsão é de aprofundamento dos indicadores negativos, passível a um estado
de “caos social”, alimentado, principalmente, pela permanência da circulação do
próprio coronavírus, atravessado pela miserabilidade.
Por: Mari Leal