Assassinatos de jornalistas dobram em 2020, diz ONG

 

O número de jornalistas mortos como retaliação por seu trabalho dobrou em 2020 em relação ao ano anterior, aponta um relatório do Comitê para a Proteção dos Jornalistas (CPJ) divulgado na terça-feira (22). Desde o início do ano, 21 jornalistas foram assassinados por sua atuação profissional; nenhum deles no Brasil.

Em 2019, foram 10 assassinatos desse tipo. Há uma semana, o CPJ havia divulgado que um número recorde de jornalistas foi preso -274 em 2020, enquanto os governos reprimiam a cobertura da pandemia de coronavírus ou tentavam suprimir os relatos de distúrbios civis.

México e Afeganistão foram os países com mais casos de jornalistas assassinados como resposta ao seu trabalho, com quatro repórteres mortos cada um. As Filipinas ficaram em segundo lugar, com três casos.

O México é apontado pelo CPJ como o país ocidental mais perigoso para a imprensa por causa dos inúmeros grupos de tráfico de drogas e da corrupção disseminada. Dois dos jornalistas assassinatos no país em 2020 estavam inscritos no Mecanismo Federal para a Proteção de Defensores dos Direitos Humanos e Jornalistas, informa o comitê.

Por: Folhapress