Uma nova modalidade de golpe está vitimando
diversos usuários de aplicativos de delivery, num dos períodos mais críticos da
sociedade atual.
De acordo com dados do Procon-SP, de março a julho,
foram registradas 125 denúncias contra motoboys que fazem entregas tanto pelo
iFood quanto pela Rappi.
Como funciona o golpe
A aplicação do golpe é bem simples, mas pelo que se
sabe, os criminosos são em grande parte entregadores devidamente cadastrados
nos aplicativos de entrega.
Após a compra efetuada automaticamente pelo
aplicativo e, consequentemente, do pedido sair para a entrega, os criminosos
enviam uma mensagem através do chat do próprio aplicativo solicitando o número
de WhatsApp do cliente, porque segundo eles, o chat do aplicativo “delivery”
trava muito e seria mais fácil a comunicação.
Assim, o cliente imaginando não ter nada de errado,
fornece o seu número de WhatsApp e permanece aguardando a sua refeição.
Em seguida, antes de chegar ao local, o
“entregador”, por meio do WhatsApp, envia uma mensagem de texto ao cliente,
informando que o pagamento via aplicativo não deu certo e, por isso, solicita o
pagamento via máquina de cartão que estaria em suas próprias mãos.
Quando o “entregador” chega ao destino, o cliente
vai ao encontro dele e paga pela refeição que, no entanto, já estava quitada
desde o início.
Como se não bastasse, há outra modalidade deste
mesmo golpe que merece atenção.
Isso porque, é possível que o cliente tenha
escolhido em seu aplicativo, que o pagamento seja realizado somente com a
entrega do pedido, mediante a apresentação da máquina do cartão de crédito,
como em qualquer outra entrega de restaurantes no modo “delivery”.
Os “entregadores” primeiro apresentam a máquina do
estabelecimento comercial e efetuam o pagamento que, no entanto, dissimulam e
dizem ao próprio cliente que não foi possível passar o cartão apresentado,
pois, segundo eles, a máquina “deu erro”.
No entanto, observa-se ao desatento cliente que,
neste momento, apesar do que disse o “entregador”, o pagamento já havia sido
devidamente efetuado.
Desta forma, inicia-se o golpe pois, o
“entregador”, aproveitando-se da ingenuidade do cliente, apresenta uma outra
“máquina de cartão de crédito”, com o visor quebrado e passa, novamente o valor
da compra ou outro muito mais elevado.
Eis, então, o prejuízo, porque novamente ocorre o
pagamento em duplicidade.
Em todos os casos, quando a vítima se dá conta, já
é tarde.
O que fazer
Após a consumação do prejuízo, a vítima deve
prontamente se dirigir até uma delegacia de polícia para registrar a ocorrência.
Por: Revista Exame