Já faz parte do senso comum a informação de que
idosos e pessoas com comorbidades inspiram maiores cuidados quando o assunto é
o novo coronavírus. Existe, no entanto, outro grupo de pacientes que, apesar de
não fazer parte da faixa de risco, também preocupa. É que em crianças e adolescentes
a Covid-19 pode evoluir para a chamada Síndrome Inflamatória Multissistêmica
Pediátrica (SMIP), que apresenta sintomas mais sérios, podendo levar ao óbito.
Na Bahia, entre agosto e outubro, o número de casos
confirmados subiu 150%, de 14 para 35. Segundo dados da Secretaria de Saúde do
Estado da Bahia (Sesab), neste período, foram registradas 53 notificações para
a síndrome, que pode atingir pacientes de 0 a 19 anos, sendo confirmados 35
casos e duas mortes. Nessa faixa etária, foram hospitalizados 410 adolescentes e
crianças em todo estado – 46 evoluíram para óbito.
Apesar de representar apenas 8,5% das internações
infantis baianas, os casos de SIMP preocupam porque costumam, segundo os
médicos, levar os pacientes à internação em UTIs com mais frequência. Na Bahia,
são apenas 39 leitos de enfermaria e 31 de UTI voltados para pediatria de Covid-19.
Por Bahia Notícias