Joesley Batista e o seu irmão Wesley, donos da JBS,
prestaram depoimento na última quarta-feira para o ministro Edson Fachin, do
STF. De acordo com apuração do jornal O Globo, eles relataram que têm uma
gravação na qual o presidente Michel Temer aparece autorizando que se compre o
silêncio de Eduardo Cunha. Além dos dois, estavam presentes mais cinco pessoas,
todas da empresa e que participaram da delação. O diálogo aconteceu entre Temer
e Joesley. Nele, o peemedebista indica o deputado e colega de partido Rodrigo
Rocha Loures como o encarregado de resolver um assunto J&F, holding que
controla a JBS. Em outra parte, o deputado recebe R$ 500 mil, que foram
enviados por Joesley. Em um dos trechos da conversa gravada, o empresário diz
que está pagando um valor mensal para Cunha e, também, ao operador Lúcio
Funaro. O motivo da mesada é que ambos fiquem calados. Ao ter essa informação,
Temer responde: "Tem que manter isso, viu?".