Além de escolher o futuro presidente dos Estados Unidos, os eleitores
americanos também votaram em 154 referendos e plebiscitos em 35 Estados, sobre
temas que iam da pena de morte e controle de armas à legalização da maconha e
obrigatoriedade do uso de camisinhas em filmes pornôs.
De todos os pleitos, os grandes vencedores foram
os que trataram sobre a legalização da maconha - tanto para uso recreativo
quanto medicinal. Foi o melhor desempenho eleitoral desde 2012,
quando os Estados do Colorado e Washington aprovaram o uso recreativo da droga.
Legalização da droga chega à Flórida
As consultas legalizam o cultivo e o consumo recreativo da cannabis para os maiores de 21 anos na Califórnia, Massachusetts e Nevada. No Estados do Maine e Arizona a legalização também deve ser aprovada.
Já na Flórida, Dakota do Norte e Arkansas, os eleitores aprovaram o uso
apenas medicinal da maconha. O emprego da droga em tratamentos médicos agora
passa a ser legal na maioria dos Estados (25, mais o distrito federal).
Califórnia libera geral
Em 1996, a Califórnia foi um dos primeiros Estados a legalizar a utilização da cannabis com fins medicinais. Agora, o Estado promete destinar o dinheiro arrecadado com os impostos sobre a venda e o cultivo da droga a programas sociais para os jovens, à proteção ao meio ambiente e à melhoria do policiamento.
Durante a campanha, no entanto, os críticos afirmaram que a aprovação
também do uso recreativo abriria caminho para a promoção do consumo da droga em
shows, colocando em risco a saúde e segurança de crianças e jovens.
Em Massachusetts, a nova lei já vai entrar em
vigor em dezembro, com um sistema de taxação semelhante ao da Califórnia.
Pela lei federal americana, a maconha continua proibida e está
enquadrada na categoria reservada às drogas mais perigosas, como heroína.
Volta da pena de morte
Vários Estados realizaram consultas populares sobre outros assuntos. Cinco deles promoveram pleitos sobre o salário mínimo, quatro sobre mudanças na previdência e outros quatro sobre o controle de armas.
No Colorado, os eleitores aprovaram o suicídio assistido de doentes terminais por meio de "medicamentos que possam ser administrados por eles mesmos".
No Nebraska, por exemplo, a pena de morte voltará a ser adotada - no ano passado, a medida tinha sido abolida pelos legisladores estaduais.
Embora desde 1997 ninguém tenha sido executado no Estado, há 10 homens no corredor da morte.
Há expectativa de que a decisão possa influenciar a discussão nacional sobre a pena de morte, que ainda é adotada em 30 Estados e pelo governo federal, mas que já foi abolida por 20 Estados.
BBC
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