Após a transferência do detento “Jequinha”, do Conjunto Penal
de Teixeira de Freitas, para o presídio da cidade de Serrinha (BA), muitos dos
seus liderados, teriam ficado “órfãos” e não aceitavam que qualquer preso novo
pudesse assumir a liderança do Pátio B.
Com as prisões recentes de Robson da Silva, o “Robissão”,
acusado de vários homicídios, inclusive de ter decapitado Rafael Germano
Ferreira, de 21 anos, crime ocorrido no dia 22 de maio do ano passado, em Teixeira
de Freitas, além do latrocida pradense João Ribeiro dos Anjos, os dois, com o
apoio de outros oito detentos, teriam montado uma estratégia objetivando
alcançar a liderança justamente do Pátio B, onde estavam custodiados.
Revoltados com essa possibilidade, cerca de cinquenta presos
armados de chunchos, pedaços de pau e pedra, aproveitaram o banho de sol e pela
manhã, encurralaram os dez que pretendiam alcançar a liderança, que estavam na
ala superior do Pátio B e incendiaram as celas deles.
Policiais militares da CIPE-MA e CETO evitaram que detentos
fossem mortos. Os militares invadiram a unidade e fazendo uso de bombas de
efeito moral, retiraram os encurralados do pátio para que recebessem atendimento
médico.
Foram atendidos na própria enfermaria do Conjunto Penal, Jackson,
vulgo “Chapeuzinho”; Marcos Vinícius, o “Mineiro”; Everton de Jesus Barbosa;
João Ricardo Almeida dos Anjos e Márcio da Silva Santos.
Em estado considerado grave foram levados para o Hospital
Municipal de Teixeira de Freitas (HMTF), Robson Silva, o “Robissão”; Claudionor
da Silva; Wagner Oliveira; Leonardo Rodrigues e Kelvin Rocha Moreira. Pelo
menos dois desses presos tiveram afundamento de crânio.
Vários deles apresentavam sinais de intoxicação
devido à fumaça que inalaram, fruto da queima de colchões. A expectativa é que
após deixarem o hospital, Robson da Silva, o “Robissão” e João Ribeiro dos
Anjos, que seriam os alvos principais da revolta, sejam transferidos de celas e
até de pavilhão.
Teixeira News
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