Em dia de jogo do Irã em Salvador, GGB lança exposição sobre homofobia


Para protestar contra a homofobia, o Grupo Gay da Bahia (GGB) lança nesta quarta-feira (25), dia em que o Irã enfrenta a Bósnia na Copa do Mundo, a exposição Irã – O Inferno dos Homossexuais.

Luiz Mott, fundador do GGB, explica que, em todo o mundo, 76 países adotam leis contra o homossexualismo - as punições variam da prisão à tortura. Em mais sete, é praticada a pena de morte. O Irã é um desses países.

Ele explica que a mostra vai exibir 30 fotos com cenas difíceis de se ver, mas que fazem parte do cotidiano de homossexuais em pelo menos sete países: a execução, por apedrejamento, açoite ou decapitação. O material foi reunido a partir da doação de fotos enviadas por gays iranianos exilados nos Estados Unidos e na Europa, bem como pela Associação Internacional de Gays e Lésbicas (Ilga, na sigla em inglês).

Segundo Mott, essa também é uma forma de denunciar “que o Brasil é o cemitério dos gays”. Ele lembra que, enquanto no Irã são executados um a dois LGBTs - lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais - por ano, aqui são 300 mortes, em média, no mesmo período. Apenas entre 2013 e 2014, segundo dados do GGB divulgados em maio, o número de mortes representou um assassinato a cada 28 horas no país.