Áudio mostra falha do 190 no atendimento à mulher assassinada no bairro Santa Lúcia

O áudio do pedido de socorro da atriz Cecília Bizzotto, morta dentro de casa durante um assalto em outubro do ano passado em Belo Horizonte, mostra o despreparo dos atendentes do 190, o serviço de emergência da Polícia Militar.

A gravação registra o diálogo entre a atriz e o operador, que pergunta de qual endereço está sendo feita a ligação. Cecília, que foi rendida por três bandidos ao chegar na residência, responde em voz baixa. O atendente pede para ela repetir diversas vezes o nome da rua e o número da casa.
Em seguida, a atriz grita para os criminosos: "Eu chamei a polícia sim". Ela foi agredida com uma coronhada e baleada depois de ter sido surpreendida pelos assaltantes mexendo no celular. Cecília, o irmão e a cunhada foram abordados por três homens no bairro Santa Lúcia, região centro-sul da capital mineira.
Pouco mais de um ano após o assalto que terminou com a morte da atriz um detalhe na ligação intriga os parentes da vítima e a própria polícia. O atendente parece não perceber a gravidade do que aconteceu. Mesmo depois do tiro que matou a atriz, o rapaz do outro lado da linha ainda tenta falar com a vítima.

O coordenador do policiamento, tenente coronel Marcos Vinícius, confirma que o atendimento está sendo analisado pela Corregedoria da Polícia Militar.