28 anos fazendo rádio e com muito orgulho!

Elenaldo Costa
Na noite do dia 21 de outubro de 1985, fui presenteado com um programa na rádio Baiana de Ilhéus. Naquele ano, encerrava minhas atividades no Tiro-de-Guerra, na 18ª CSM (Circunscrição de Serviço Militar), aonde aprendi muita coisa, como por exemplo, a civilidade.

Sede da 18ª CSM em Ilhéus
Neste mesmo ano trabalhava na gráfica O Ateneu Artes Gráficas, pois o sonho do meu querido pai, fã, compadre, amigo fiel, Erisvaldo Ramos Silva, gostaria que se tornasse gráfico, assim como ele foi. Não tive vocação para tal.

Pouco tempo depois da rádio Baiana, consegui passar num teste, onde 15 pessoas postulavam uma vaga na rádio Santa Cruz, também em Ilhéus. Uma única vaga e os demais concorrentes já estavam na fila há algum tempo. Fui o felizardo.

Aprovado e contratado em nível de experiência, por lá fiquei pelo período de 06 (seis) meses, mas dispensado por contenção de despesa. Três dias depois fui convidado a trabalhar como repórter em um programa terceirizado na rádio Cultura e em um curto período, chamado a voltar à rádio Baiana.

Não demorou muito e já retornava à rádio Santa Cruz, quando em 1991, recebia o convite do saudoso Paulo Rogério, para trabalhar na minha tão sonhada e encantada rádio Jacarandá de Eunápolis, onde permaneci de 91 até 2000, sendo demitido pelo problema do alcoolismo. Que, diga-se de passagem, foi um terror na minha vida, pois já cheguei a perder famílias e empregos.

Ainda na rádio Baiana, fui fazer um teste na rádio Sociedade de Salvador. Aprovado para cobrir as informações do HGE (Hospital Geral do Estado), não dispunha do DRT – Registro profissional do radialista. Mesmo com o esforço do saudoso Fernando Rocha, então Diretor daquela emissora, o tempo já era inviável, pois a rádio Baiana teria me liberado por apenas uma semana – já estava em Salvador há 15 dias.

Ao ser demitido em 2000 da rádio Jacarandá, o sofrimento foi demais. Como disse, o alcoolismo foi terrível e tive que amargar momentos difíceis, chegando a trabalhar em troca de uma dormida, um prato de comida, tapinhas nas costas, enfim.

Na rádio Jacarandá de Eunápolis
Mas DEUS sempre esteve presente em minha vida! Isso é fato. Fazendo parte da equipe do Tribuna Livre, liderado por Jota Batista, hoje vereador em Eunápolis, cheguei à ir até a Band – programa terceirizado. Logo depois cheguei a ser um dos fundadores da rádio Novo Amor FM, hoje a Super 98 FM.

Tive ainda uma rápida passagem pela Ativa FM, também em um programa terceirizado – financiado pela prefeitura da cidade. Péssimas recordações, diga-se de passagem, pois dos 40 dias trabalhados e não recebi dinheiro para comprar uma bala sequer.

Voltando à rádio Jacarandá, num programa financiado pela prefeitura de Eunápolis, novas promessas de melhorias. Só que a emissora fechou para reforma.

Sem condições de me manter em Eunápolis, tive que ir para a casa da minha família em Ilhéus, mas com a promessa de retornar à Eunápolis, voltar a trabalhar na rádio Jacarandá e com carteira assinada. Seria demais pra quem trabalhou tanto tempo em troca de um prato de comida, uma dormida, tapinhas nas costas.

A promessa seria do amigo, irmão, parceiro Jean Ramalho, caso fosse efetivado diretor daquela casa, o que realmente aconteceu em 2009. Como a rádio acabou entrando em crise, tive a oportunidade, a confiança de retornar à Super 98 FM em junho de 2012, onde estou até hoje, de onde também cheguei a ser demitido em razão do maldito vício alcoólico.

Jean Ramalho
Gostaria até de agradecer aos diretores da emissora, Paulo Dapé e sua esposa Cordélia Torres, pela confiança depositada. O carinho dos meus colegas de trabalho, que são verdadeiros companheiros de luta.

Paulo Dapé e Cordélia Torres - Diretores da Super 98 FM
Não poderia deixar passar em branco nesta data tão especial, o apoio que tive da minha família, principalmente meu pai Erisvaldo Ramos, que sempre foi meu fã. Neste dia 21 de outubro ele está comemorando no andar superior, em dose dupla: os meus 28 anos fazendo rádio e o seu aniversário.

Erisvaldo Ramos e Elenaldo Costa
Obrigado meu pai por tudo isso e parabéns pelo seu aniversário. Lamento não estar ao seu lado para lhe dar um beijo, um abraço, como sempre fiz.