Iza da Cruz Lima foi tentar marcar uma ultrassonografia vaginal e pela terceira vez teve que voltar para casa sem marcar o exame.
ITABELA - Alguns pacientes, principalmente da zona rural do município de Itabela, não conseguem marcar exames por causa da distribuição de senhas, que é variável. “Conseguir uma consulta ou marcar exames no centro de marcação, que fica no bairro Bandeirante, é uma missão quase impossível”, afirma uma moradora.
Muitas mulheres saem de casa, ainda de madrugada, mas nem assim conseguem o atendimento. Algumas vêm de longe e se ariscam a dormir no local na tentativa de conseguir uma consulta na unidade, mesmo assim dificilmente conseguem. Os exames mais procurados são na área de prevenção e diagnóstico da saúde da mulher.
A situação da dona de casa Iza da Cruz Lima, de 29 anos, é ainda pior. Ela foi tentar marcar uma ultrassonografia vaginal, devido fortes dores abdominais e sangramento que vem sofrendo há mais de 50 dias e pela terceira vez teve que voltar pra casa sem marcar o exame. “A gente não tem explicação, não tem orientação e não somos avisadas. Isso não pode acontecer”, reclama.
A dona de casa sem ter a quem recorrer a uma emissora de rádio daquele município para pedir ajuda. O médico Marco Antônio, sensibilizado com a situação, consultou a paciente e os ouvintes mais uma vez fizeram o que a saúde pública não tem feito: colaboraram com a mulher. O exame será feito amanhã de forma particular, em uma clínica da cidade.
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