A cabeleireira Bruna
Cristina da Mota Silva, de 31 anos, que acusa o
ex-namorado em Ribeirão Preto (SP) de persegui-la após o término do
relacionamento, diz que passou a receber ameaças dele até pelo Pix
depois que o bloqueou no telefone e nas redes sociais. Uma das mensagens consta
xingamentos e intimidação.
“Vai c*, me desbloqueia
dessa m* que eu não tô de brincadeira. Tá me achando um mlk [moleque], vou ser
ruim nessa m* agora c*. Você pediu”, consta no campo de mensagem do Pix de R$
0,03 enviado à cabeleireira.
Segundo Bruna, o material
já foi entregue à polícia junto com mais um dos boletins de ocorrência
registrados contra o ex-companheiro.
A cabeleireira obteve na
Justiça duas medidas
protetivas que proíbem o homem de se aproximar dela, mas ele insiste
em desafiar a lei, o que a deixa ainda mais temerosa.
"Eu não tenho vida. A
gente sempre abre o portão olhando para cima e para baixo pra ver, porque ele
aparece do nada. Vou na igreja com meu cunhado e com a minha irmã e é o único
lugar que eu vou, porque não posso sair, não tenho vida".
Ameaças, bomba e medo
Bruna e o ex-policial
militar Jhonata Januário Farias, de 33 anos, ficaram juntos por três anos e
meio, mas, em julho de 2024, ela decidiu terminar o namoro. Desde então, a
cabeleireira alega que tem sido perseguida pelo ex, que não aceita o fim do
relacionamento. Por causa do comportamento dele, Bruna entrou com os pedidos de
medida protetiva.
"Ele passa na minha
rua acelerando carro, me liga 24 horas por dia, e eu não atendo mais porque
fico nervosa, passo mal. Ele sempre me ameaça, ameaça minha família, diz que
não posso ter outro porque sou dele pra sempre e que se eu arrumar outra pessoa,
ele vai tirar do caminho. É pra eu não duvidar da palavra dele".
Em dezembro de 2024,
câmeras de segurança instaladas por Bruna na casa dela foram quebradas por um
homem que estava na garupa de uma moto. Ele foi filmado destruindo os
equipamentos com um martelo. Segundo a cabeleireira, quem aparece nas imagens é
o ex-namorado.
“Coloquei câmeras, coloquei na casa da minha mãe e até na casa da vizinha, coloquei grade para poder trabalhar, porque estava trabalhando com medo. Eu não sei o que pensar mais, vou atrás da Justiça, que é o que a gente pode fazer. Estou com medo de sair, meus pais choram, ele tenta prejudicar minhas primas, que são próximas a mim".
Ainda segundo Bruna, o ex já jogou uma bomba na casa dela, arremessou um bloco de concreto no carro da família e deu tiros de chumbinho no portão.
Fonte: G1